quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Ensaio sobre a "ostentação"

Um problema bastante comum entre os brazileiros é atribuir culpa às vítimas de roubos e furtos, por uma suposta "ostentação". Entretanto, em qualquer local civilizado o respeito à propriedade privada é um valor inalienável, e a criação de "justificativas" para práticas delituosas não são levadas a sério.

Ironicamente, os mesmos hipócritas que debocham das vítimas glamurizam o banditismo, tratando ladrões como uma espécie de Robin Hood moderno. Tentam justificar o injustificável, enquanto um malaco crente na impunidade ostenta um iPhone roubado como se fosse um troféu. Ora, então temos dois pesos e duas medidas? Propriedade conquistada com o suor do trabalho (mesmo se o proprietário for um "dimenor" há de se considerar o esforço do pai, mãe ou responsável para pagar a conta) pode ser suprimida a qualquer momento, e quando aparece na mão de um vagabundo se insiste em culpar a verdadeira vítima?

Insiste-se em acusar a publicidade de empurrar goela abaixo do povão um estilo de vida luxuoso que poucos podem sustentar, mas não existe uma obrigação de aderir ao mesmo. O sol nasce para todos, mas a sombra só para quem faz por onde merecer, embora alguns acreditem que recorrer à violência para subtrair a sombra de outrem seja justificável...

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