terça-feira, 16 de abril de 2013

Questão indigenista: um apartheid brazileiro

Virou uma verdadeira obsessão para a esquerda pontuar algumas ações enérgicas contra determinados elementos subversivos como "racismo" ou "apartheid", como quando forças policiais apreendem menores usados como "aviãozinho" pelo tráfico. Mas parecem se fazer de cegos quando um apartheid verdadeiro é endossado pelo esquerdismo.

Um ponto que merece destaque nesse contexto é a questão indigenista brazileira: um dos exemplos mais infames é o da demarcação da reserva Raposa-Serra do Sol, numa área contínua lá na casa do caralho, em região de fronteira, onde nem os militares brazileiros terão acesso nem para impedir a invasão de ONGueiros estrangeiros. Até entre os próprios indígenas havia discordância quanto à demarcação, muitos preferiam manter a proximidade com os fazendeiros brancos então instalados na região, por meio de reservas menores e mais dispersas. Mas o falso pretexto de preservar a cultura indígena mediante segregação física prevaleceu...

O sul-africano Jan Smuts, um dos defensores iniciais do apartheid original, acreditava ser necessária a segregação física para preservar aspectos culturais distintos entre os brancos e os nativos africanos, equívoco que ficou evidente após o fim do regime segregacionista na África do Sul devido à ascenção do comunismo. Com a iminência da queda da União Soviética, o socialismo foi penetrando pela miserável África e, por guardar algumas semelhanças com modos de vida primitivos ainda mantidos por tribos mais isoladas, tendeu a polarizar-se com as tensões raciais. Prefiro não questionar a superioridade ou inferioridade de culturas em função da cor da pele, mas alguns aspectos realmente não se mostram tão adequados ao capitalismo e suas constantes adaptações às circunstâncias políticas e econômicas do momento.

É um grande erro encarar a questão indigenista da forma como vem sendo feita no Brazil, colocando-os sob a tutela do Estado e impedindo que possam alcançar independência econômica como ocorre com congêneres norte-americanos, inseridos na economia formal, enquanto os índios brazileiros teoricamente não poderiam nem vender artesanato na rua quando não-emancipados, ficando presos a um comunismo ancestral que hoje a grande maioria dos indígenas passa a rejeitar, mesmo que preservem diversos outros costumes. Basta ver o que acontece no Amazonas e no Pará, onde as tradições indígenas e a influência colonial desenvolvem uma forte sinergia.

Incentivar a alienação de um grupo baseado em identidade étnico-racial serve apenas para fomentar o socialismo, e por conseguinte a miséria dentro do grupo...